Os cães e a ansiedade por separação
Para evitar que tal venha a acontecer, é importante que durante os dias de confinamento nos asseguremos que os cães desfrutam com frequência de momentos positivos que não envolvam a companhia humana.
Por exemplo
- deixá-los a comer sozinhos numa divisão à qual eles têm acesso quando ficam sozinhos em casa
- recorrer a brinquedos que possam ser preenchidos com a comida em vez de esta ser disponibilizada de uma vez só no prato habitual
- espalhar a comida pelo chão numa divisão com as luzes apagadas ou no jardim (se tiver esse privilégio!)
- disponibilizar objectos para lamber ou morder
- não deixar que o cão o siga cada vez que mudar de divisão, fechando a porta, se necessário, quando vai à cozinha ou à casa de banho
- não permitir que estejam sempre fisicamente em contacto consigo, podendo recorrer a cadeiras ou outros objectos para criar uma barreira física
- evitar interrompê-los quando voluntariamente se dirigem para uma divisão onde estão entretidos sozinhos.
- quando sair de casa, por muito pouco tempo que seja (ir à farmácia, por exemplo, também não tem muito mais onde ir!), cumprir com todo o ritual que costuma fazer quando sai para ir trabalhar
- Se se tratarem de animais geriátricos deve ter-se o maior cuidado para dentro do possível se manterem as rotinas, de forma a que não fiquem desorientados.
Outros conselhos para ajudar a passar esta fase:
- Ensinar habilidades novas, sempre com reforço positivo
- Esconder o brinquedo favorito para o estimular à sua procura com o olfacto e fazer uma grande festa quando o encontra
- Massajar uma zona do corpo que lhe seja agradável ou escová-lo o até que se sinta relaxado
Quando terminar a necessidade de isolamento social, tentar que o retorno à vida normal
seja o mais gradual possível, porque vai ser difícil para eles perceber a diferença!
Adaptado das medidas propostas pelo Grupo de Especialidade de Etologia Clínica da AVEPA.